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Todos nós passamos pelas quatro
estações do ano: primavera, verão, outono e inverno.
Na primavera, que é a
encantadora quadra das flores, vemos extasiados o desabrochar da natureza; aí
temos o período da infância, com a sua inocência, graça e beleza.
No verão a
temperatura é quente e suave, para que as criaturas sintam o calor e a alegria
de viver; nessa fase temos a mocidade exuberante, explodindo de entusiasmo pela
vida.
No outono, época das colheitas, o ser humano entra na plenitude da sua maturidade, quando busca a experiência e a sabedoria, com equilíbrio e bom senso.
No outono, época das colheitas, o ser humano entra na plenitude da sua maturidade, quando busca a experiência e a sabedoria, com equilíbrio e bom senso.
O inverno, tempo da neve e do frio, podemos compará-lo à velhice,
derradeira quadra da existência humana, ocaso da vida a sucumbir nas fímbrias
do horizonte... É na velhice que a criatura, após ter passado pelos outros
quartéis da vida, vai perdendo o vigor físico, entrando na senilidade, até o
instante da sua desencarnação, quando o espírito se liberta das peias da
matéria e, se esclarecido, parte imediatamente para o seu mundo de luz.
Saber Viver
Por Pompeu Lustosa de Aquino Cantarelli
Colaboração: Márcia Maria Henriques
Um pouco sobre o autor
Viveu
103 anos, nasceu em 31 de agosto de 1904, no sítio Santa Maria, perto
da cidade de Parnamirim, na época denominada Leopoldina, Estado de Pernambuco,
e desencarnou em São Paulo, no dia 13 de agosto de 2007.
Boa parte de sua vida foi
dedicada a Doutrina Racionalista Cristã, a conheceu em 1937, na Filial Santana
- São Paulo, onde prestou grande serviços por mais de 70 anos. Iniciou na
militância em 1954, ano em que se aposentou na Polícia Militar, no posto de
capitão, pôde inscrever-se como militante nessa Casa, em cuja diretoria chegou
a exercer quase todos os cargos.
Pompeu Cantarelli Dr. Humberto Rodrigues |
Escritor e jornalista, escreveu, entre outros trabalhos literários, o livro Saber Viver e memoráveis reportagens e artigos neste jornal durante os longos anos do qual foi correspondente e representante em São Paulo.
Poeta, homem de cultura e brilhante inteligência, privou da amizade de Guilherme de Almeida, Príncipe dos Poetas Brasileiros e membro da Academia Brasileira de Letras, com quem se aprimorou na arte de versejar.
Aos 20 anos de idade, Pompeu Cantarelli havia deixado sua cidade natal para morar em Recife. Aí viveu quatro anos, trabalhando como ajudante de farmácia e estudando à noite, após o expediente de trabalho, que se estendia até as 20 horas.
Em janeiro de 1929, mudou-se para São Paulo, onde ingressou na Farmácia do Hospital Militar da Força Pública do Estado (hoje Polícia Militar), tendo servido essa instituição durante 25 anos.
Jornal A Razão |
No ano de sua chegada a São Paulo, Pompeu Cantarelli passou a frequentar a Sociedade Teosófica, tornando-se então vegetariano, por influência dessa doutrina espiritualista e filosófica, mas desligou-se da teosofia ao conhecer o Racionalismo Cristão, em 1937. Casou-se com Alzira de Vecchia Cantarelli, em 1934, e desse casamento nasceram três filhas: Guiomar e Ascendina e Amália.
Desde seu ingresso na militância do Racionalismo Cristão, em 1954, dedicou-se de corpo e alma a essa Doutrina, distinguindo-se sempre pela constância e pela assiduidade a todas as reuniões, públicas e particulares. Além de haver sido um dos principais colaboradores no Jornal A Razão.
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