A obsessão religiosa tem as suas fontes, suas origens na infância dos seres, quando eles começam a sentir-se deslumbrados diante dos quadros que lhes pintam do céu, do inferno, do pai celestial e da corte dos anjos, arcanjos e querubins.
O que mais os impressiona, sobretudo, são as narrativas dos milagres, das recompensas e dos castigos divinos.
Não é preciso possuir muita imaginação para compreender o que essas fantasias representam no delicado período da formação da personalidade e do caráter do ser humano, e de como elas contribuem para embotar-lhe o raciocínio e dificultar ou tornar impossível a sua expansão no amplo terreno da espiritualidade.
Não é preciso possuir muita imaginação para compreender o que essas fantasias representam no delicado período da formação da personalidade e do caráter do ser humano, e de como elas contribuem para embotar-lhe o raciocínio e dificultar ou tornar impossível a sua expansão no amplo terreno da espiritualidade.
A absolvição dos pecados satisfaz ao rebanho, produzindo grande alívio na consciência deste. A alma fica supostamente livre da culpa.
Com essa impunidade que a absolvição lhe assegura, não hesita em cometer novas faltas, novos erros, novos crimes, dos quais sabe que receberá a absolvição quando lhe for dada a extrema-unção, no momento final.
Resgatam-se as dívidas morais com as confissões, como as mercantis com o dinheiro. E o bom pagador tem sempre aberto o crédito para novas operações.
É comum atribuir-se a deus, cujos desígnios afirmam ser impenetráveis, a responsabilidade de grande parte das coisas que acontecem na Terra.
Dessa maneira, se desencarna uma pessoa da família, foi deus quem a levou. Se acontece um desastre, deus assim o quis.
Se alguém escapa de ficar sob as rodas de um automóvel, a deus passa a ser creditado o salvamento da quase vítima.
A individualidade fica sempre subordinada à ação de uma terceira entidade, e essa subordinação exerce esmagadora influência negativa sobre o espírito humano.
Se alguém escapa de ficar sob as rodas de um automóvel, a deus passa a ser creditado o salvamento da quase vítima.
A individualidade fica sempre subordinada à ação de uma terceira entidade, e essa subordinação exerce esmagadora influência negativa sobre o espírito humano.
Por aí se vê quanto as religiões são incapazes de transmitir aos seus adeptos a verdadeira noção da vida espiritual, pela completa ignorância em que se mantêm com relação à existência da vida fora da matéria.
Obsessão Religiosa
Por Luiz de Mattos
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