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Tudo quanto os olhos desarmados do corpo humano podem ver no firmamento é parte integrante desta galáxia, da qual a Via-Láctea representa o aro exterior.
A distância de uma galáxia a outra
mais próxima é de tal magnitude que ultrapassa a capacidade de apreciação do
espírito encarnado, de percepção normal.
Apesar disso, uma galáxia, com seus
milhares ou milhões de sistemas solares, não representa mais — em comparação
com a extensão infinita do Espaço — do que uma insignificante ilha no oceano
ou, menos ainda, do que um ponto no Universo.
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Essa relação de grandezas convida a
meditar na magnificência do Universo e na modestíssima participação do nosso
planeta na composição do Todo.
E se o planeta é de composição
modesta, de igual modo são os seus habitantes, modestos no saber, na inteligência,
na espiritualidade e na evolução.
Se todos vivessem compenetrados
dessa realidade, não haveria lugar para vaidades e tolas presunções que apenas
refletem um estado próprio da Terra, pondo em evidência a ignorância e a
inferioridade espiritual dos seus habitantes.
Para fazer-se idéia, ainda que
imprecisa, de quantos bilhões vezes bilhões de espíritos estão em evolução em
cada galáxia, basta levar em conta os milhões de sistemas solares de cada uma e
considerar que em torno de cada sistema solar gira incontável número de
planetas.
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Se neste mundo, que é dos menores,
evoluem cerca de cinco bilhões de espíritos, logicamente nos outros planetas,
em média proporcional, esse número não pode ser inferior.
A Inteligência Universal, de que o
pensamento emana — na sua expressão máxima — tem poder ilimitado. Nada existe
no Universo sem razão de ser. Nenhuma criação foi obra do acaso, já que tudo
obedeceu a uma determinação rigorosamente preestabelecida, mesmo nos mais
insignificantes pormenores.
O sentido da criação aqui empregado
indica transformação da matéria pela ação da Força Inteligente. A idealização
dos mundos corresponde às exigências da evolução.
Assim, de encarnação em encarnação,
promove o espírito a sua evolução neste planeta até determinado limite. Daí por
diante prossegue noutro meio, em que as condições psíquicas e físicas obedecem
a sistematização diferente.
Desenvolvendo uma velocidade no
Espaço de cerca de trinta quilômetros por segundo, descreve a Terra a sua
órbita em torno do Sol, com precisão matemática, num período de tempo
absolutamente certo.
Arrastando, por sua vez, os
componentes de seu próprio sistema, numa órbita que tem por foco um ponto no
eixo da galáxia, com velocidade semelhantemente elevada, o Sol completa, de
igual modo, a trajetória em tempo rigorosamente exato.
Também a galáxia, transportando, com
perfeita uniformidade, todos os sistemas solares de que é composta, numa
velocidade do mesmo modo grande, fecha a sua órbita em um período não menos
regular.
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Não há qualquer exagero em afirmar
que uma única dessas partículas é tão importante quanto o próprio Todo, porque
este não poderia existir sem ela, nem ela sem ele.
A obra da natureza não contém erros
nem imperfeições. Suas leis são imutáveis, os movimentos matematicamente
exatos, e os acontecimentos mais surpreendentes, que possam ocorrer em
incursões variantes, não passam de consequência lógica do desdobramento da
própria vida cheia de ações e reações, de causas e efeitos, mas sempre em busca
do equilíbrio final.
Assim como os satélites têm os seus
movimentos combinados com os dos planetas, estes com os dos sóis de cada
sistema e o dos sistemas solares com todos os movimentos dos outros sistemas de
cada galáxia, também os espíritos agem e evoluem coordenados uns com os outros,
em fiel observância a um regime regulador de todas as funções.
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O Espaço está repleto de Força e
Matéria. Nada perde nem ganha. Do que tem não sobra nada nem possui de menos. O
equilíbrio das leis se revela tanto no macro como no microcosmo, tanto no
incomensuravelmente grande como no incomensuravelmente pequeno.
Fora do alcance visual do corpo
humano, no infinito como no infinitesimal, a Vida se estende ininterrupta,
integral, harmonizante com a manifestação das mais variadas vibrações.
Universo de Galáxias
Por Luiz de Mattos