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A composição do universo, segundo revelações espirituais - Por José Gonzalo Villaverde Couto

2.1 - Apresentação da “composição do Universo” segundo revelação de Allan Kardec 

Como é do conhecimento de todos, o espiritismo clássico foi, inicialmente, codificado pelo Professor Hipólito Léon Denizart Rivail ou, como é mais conhecido, Allan Kardec em 1857, França, Paris, codificando através do lançamento do Livro dos Espíritos a doutrina espírita no nosso planeta, que na verdade como todos nós sabemos, esta revelação causou grande impacto na sociedade acadêmica da época, no mundo ocidental, sem dúvida alguma, onde predominava a essência religiosa principalmente católica.

Na pergunta 27, a seguir descrita na sua íntegra conforme Livro dos Espíritos, efetuada por Allan Kardec ao Astral Espiritual que o assistia, bem como a respectiva resposta apenas sobre os elementos gerais do Universo. O Autor toma a liberdade de destacar em negrito as afirmativas ligadas ao estudo de Força e Matéria, para facilitar o entendimento do tema aqui discutido neste artigo. Evidentemente que Luiz José de Mattos ao tomar conhecimento desta revelação fez suas adequações, segundo suas intuições, como veremos a seguir na seção 2.2.

27. Há então dois elementos gerais do Universo: a Matéria e o Espírito?

“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.”


2.2 - Composição do Universo segundo a essência do pensamento de Luiz José de Mattos de 1912

Posteriormente, no Brasil, em São Paulo, Santos, em 1910, precisamente cerca de 53 anos após as revelações de Allan Kardec, Luiz José de Mattos codificou a base científico-espiritualista da doutrina racionalista cristã, inicialmente intitulada Espiritismo Racional e Científico (Cristão), o qual também revelou para a humanidade, através de seus estudos e intuições recebidas do Astral Superior, por cerca de 3 anos, não só a codificação da Doutrina como também a composição do Universo.


O Autor entende que Luiz José de Mattos ao ler a bibliografia de Allan Kardec, Livro dos Espíritos, sentiu a necessidade de não só corrigir a composição do Universo como também corrigir e disciplinar a prática do espiritismo para que o Espiritismo Racional e Cientifico (Cristão) de sua época, tivesse a ponte fluídica (*) fortificada a fim de que fosse possível estabelecer a corrente fluídica, com mais segurança, com o plano físico espiritual do Astral Superior.

(*) A ponte fluídica é composta de duas vias: Inicialmente, no caminho de ida é estabelecido o mecanismo da rede fluídica formado de diversas cores, com forma e intensidade vibratória, resultante do somatório de todos os pensamentos emitidos pelos presentes na reunião e, a seguir no caminho de volta, é estabelecido o mecanismo da corrente fluídica por onde as partículas de Força, inteligência universal do Astral Superior são, imediatamente, transportadas a fim de harmonizar todos os participantes da reunião, através dos eflúvios recebidos, por esta corrente fluídica, fortalecendo principalmente o trabalho dos médiuns para que se tenha segurança e confiança do teor das comunicações doutrinárias que ocorrem durante as reuniões públicas ou particulares na prática do atual Racionalismo Cristão. Este foi um dos objetivos de Luiz José de Mattos, pois ele entendeu que esta segurança não ocorria nas reuniões espíritas convencionais.

Vejamos então o que afirmou Luiz José de Mattos, conforme bibliografia do documento do Racionalismo Cristão que relata seu discurso monumental proferido na data da inauguração do prédio da Filial Berço do Racionalismo Cristão, em 12 de junho de 1912, numa solenidade engalanada, onde Luiz José de Mattos anunciou toda a sua base científico-espiritualista afirmando na pagina 2, segundo parágrafo que:


“Essa nossa conversão, porém, não foi feita lendo o Allan Kardec ou os sábios ocultistas e sim lendo os cientistas materialistas, como Claude Bernard (médico fisiologista) e Buckner (filósofo racionalista) que disse: Quando os fenômenos espiríticos verificados fossem, viriam deitar por terra toda a ciência dos homens”.

Luiz José de Mattos, então, sentindo o enorme peso sobre seus ombros para realizar esta difícil tarefa, isto é codificar a base filosófica e científico-espiritualista do novo Espiritismo, teve que estudar como ele próprio o disse por cerca de 2 anos e pouco seguidos, sobre tudo que existia não só sobre ciência como principalmente sobre Espiritismo, inclusive, é claro, Allan Kardec, como acima descrito por Luiz José de Mattos.

Até porque pensa o Autor que nessa época o Livro dos Espíritos era sem dúvida a bibliografia, mais importante e atualizada, que existia no mundo ocidental sobre o Espiritismo, e por isto havia a necessidade de tomar conhecimento dessa obra como um todo, a fim de poder avaliar e refletir sobre todo o conteúdo dessa revelação.

Este trabalho era tão intenso que o obrigava, às vezes, a se recolher em seus próprios aposentos para melhor se concentrar e fazer as correções necessárias, como por exemplo a questão importantíssima, entre outras evidentemente, do fortalecimento da disciplina na prática das reuniões do espiritismo para poder estabelecer, com mais segurança, a corrente fluídica com o Astral Superior.

Vejamos então como Luiz José de Mattos codificou a composição do Universo segundo a bibliografia clássica do Racionalismo Cristão de 1912, sob o título Espiritismo Racional Cientifico (Cristão), páginas 30 a 33:

Que dois elementos regem o Universo, que são: o elemento espiritual e o elemento cósmico ou fluido astral”.

Notem os amigos Leitores que: Primeiro referiu-se ao elemento material como sendo elemento cósmico ou fluido astral. Segundo: A grandeza da codificação de Luiz José de Mattos ao adequar a composição do Universo do texto de Allan Kardec, retirando a palavra Deus, a fim de eliminar não só o cunho religioso ao tema Espiritismo-Científico, como também corrigiu o texto em termos de existirem apenas dois elementos na composição do Universo.
Ainda no mesmo documento Luiz José de Mattos reafirma os elementos que regem o Universo, que: “[...] É, pois, aqui, neste Centro e no Amor e Caridade, de Santos, fundados e dirigidos pelo Astral Superior... que se chegou à conclusão de que, dos dois elementos que compõe o Universo, dos quais tudo deriva, o elemento espiritual ou inteligência universal e fluido astral ou matéria cósmica, ...” .

Na frase acima descrita, Luiz José de Mattos sustenta a mesma essência de seu pensamento, revelando ainda que o elemento espiritual poder-se-á chamar de “inteligência universal” ou partícula de Força, inteligência universal conforme o Autor na seção 3.2 propõe no postulado científico-espiritualista sobre Força e matéria. Vejamos novamente o que Luiz José de Mattos nos revelou, sobre este tema, de acordo com a bibliografia do seu discurso monumental, proferido na data da inauguração do prédio da Filial Berço do Racionalismo Cristão, em 12 de junho de 1912, isto é, ainda no mesmo ano:

“A matéria não é outra coisa se não o fluido cósmico universal, cujas inumeráveis modificações constituem a imensa variedade de corpos da natureza quando condensado a um certo grau temos os metais e pedras e quando dilatado em proporções extremas temos o éter (um estado da Matéria muito leve)”.

Ao analisarmos a composição do Universo segundo as duas bibliografias que representam a essência do pensamento de Luiz José de Mattos em 1912, “Que dois elementos regem o Universo que são: o elemento espiritual e o elemento material ou fluido cósmico universal” nos leva a crer, então, que Luiz José de Mattos ao definir a composição do Universo desta forma, além de ter conhecimento da Lei dos Fluidos, sabia também que no âmago da essência da matéria esta, além de se comportar como um fluido, o fluido cósmico universal, também coexiste dentro desse fluido e atua também como elo de ligação entre a partícula de Força, inteligência universal e matéria, harmonizando com a revelação do Espiritismo de Allan Kardec.

A composição do universo, segundo revelações espirituais
Por José Gonzalo Villaverde Couto

O autor sugere aos estudiosos do tema, visitarem a fonte: A Gazeta do Racionalismo Cristão (site temporariamente fora do ar para manutenção)  e encontrarão mais informações dos sub-itens abaixo: 

2.3 - Composição do Universo segundo o status da ciência contemporânea
2.4 - Breve discussão científico-espiritualista
3    - Fortalecendo a base científico-espiritualista codificada por Luiz José de Mattos
3.1 - Suportados pela teoria das cordas ou supercordas, ciência contemporânea
3.2 - Suportados pela teoria da física quântica (básica)
3.3 -  Suportados por Felino Alves de Jesus
3.4 - Postulado científico-espiritualista
4    - Conclusões

Fonte: A Gazeta do Racionalismo Cristão (site temporariamente fora do ar para manutenção) 

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