Quem de nós em
alguma fase de nossa vida não esteve tentado a lançar mão de uma frase copiada
às carreiras para ter uma resposta adequada e aproveitá-la em uma sabatina
escolar?
Por comodismo, por indolência ou preguiça mental,
muitos atribuem aos outros a tarefa de pensar por eles e passam a aceitar como
próprias as ideias alheias. RACIONALISMO CRISTÃO, 44ª ed., 2010, p. 82.
Dentro do
currículo escolar há disciplinas de que gostamos e outras às quais não nos
identificamos e, esse fato de gostar e o de não gostar faz toda a diferença na
forma de pensar e de agir dos estudantes.
A cola é um
engodo para o raciocínio, pois ela mascara a efetiva aprendizagem. O estudante
ao tirar uma nota elevada, sem a merecer, leva adiante seus estudos, mas sem a
base necessária para a próxima aprendizagem. Ao colar, o estudante perde seu
precioso tempo sem refletir sobre o que está escrevendo, o que fatalmente o
conduzirá a enfraquecer o seu modo de pensar e consequentemente bloqueará o raciocínio
ao longo de sua vida.
Todo professor
tem conhecimento que há estudantes que fazem uso da famosa colinha, e de uma
forma ou de outra tentam anular essa tendência, propagando suas ideias,
comparando com outros fatos concretos ou abstratos, ligando opiniões, juízos ou
outras disciplinas, despertando na mente do estudante o interesse pelas
disciplinas não tão preferidas, mas que fazem parte na formação do seu caráter,
de seus valores e de seus hábitos na estrutura sequencial da vida.
Atualmente,
devido a facilidade do recurso internet, dispõe-se de uma quantidade
considerável de informações, verdadeiras bibliotecas digitais, patrimônios à
disposição da humanidade que tanto podem ajudar a estudantes, como também
mestres, filhos e pais. Assim um ser ao pesquisar não deve simplesmente copiar
e assinar o seu nome embaixo, mas sim buscar outras opiniões principalmente em
contrário, comparar as ideias, e tentar perceber os dois sentidos, posicionando
seu consenso entre ambas as ideias, criando assim sua própria opinião.
Sejam ideias
completas ou apenas frases retiradas de ponta a ponta para construir artigos,
conjecturar, externar juízos, opiniões, pareceres, ou utilizar como cola em
sabatinas, sem o sentimento do que está sendo copiado, é um processo desastroso
para o crescimento individual e a sua conduta na fase adulta e, ao faltar a
consciência íntima do entendimento, o emissor revelar-se-á a si próprio um
pensar atrofiado e precisará de muita perseverança pessoal no exercício da mente,
para sair da apatia e seu ser voltar ao crescimento natural.
Um ser
livre-pensador de conduta correta utiliza-se de seu raciocínio sempre
atualizando um conceito anterior, melhorando a vibração universal na prática do
bem coletivo.
Ao emitir uma
resposta, um juízo, abalizar uma opinião, ou construir um artigo e resistir em
não copiar uma ideia alheia é ser forte, é não capitular e sair vitorioso, pois
o seu processo evolutivo está garantido e seu raciocínio não está adormecido
perante a plenitude da vida.
Também podemos
reforçar citando que a principal escola é o lar, onde a criança nos primeiros
cinco anos registra os primeiros contatos com o seu mundo exterior, sempre
centrada nas atitudes de seus pais, assim os pais como primeiros professores
têm a maior responsabilidade na formação do caráter de um ser.
Dentro de um
lar que tem por hábito a disciplina da limpeza psíquica, os filhos crescem
fortalecidos, pois aprendem a raciocinar por si na busca dos porquês da vida.
Ao irradiar nós temos nossas faculdades mentais abertas e ligadas ao nosso
mundo fluídico que nos facilita as ideias, assim teremos em mente o que
precisamos estudar para concluir nossa trajetória evolutiva.
O jovem,
quando fortalecido pelas irradiações, inicia seu próprio caminho com as rédeas
de sua vida, descarta as vaidades, começa com vantagem ao definir-se na vida,
suas decisões são compostas de seriedade e força de vontade, dá qualidade e
segurança ao espírito no seu caminhar por este mundo físico.
O Racionalismo
Cristão é uma escola de princípios de moral, uma doutrina que facilita o
esclarecimento espiritual, proporcionando um futuro positivo e verdadeiro a
quem esteja disposto a utilizar o seu raciocínio no processo evolutivo da vida.
Divisa a
reflexão entre o certo e o errado, posicionando as ideias entre a coerência e a
incoerência, traz a razão sobre o questionável e o injusto, dando a exata
liberdade a quem tenha vontade de caminhar com as suas próprias pernas, sem a
dependência factível de manipulação, de mentir ou trapacear no trabalho, na
família ou com parceiros na luta por seu crescimento evolutivo ao longo de sua
vida.
Copiar ou
raciocinar?
Iolanda e
Wilson Candeias
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