O
animal homem comedor de raízes, folhagens e pequenas presas, ao fugir para não
ser caçado, descobriu que era necessário lutar pela própria sobrevivência.
Ao
sentir dor, “gemeu”, mas ao mostrar seus dentes, aprendeu a “rosnar” e a
“grunhir”. Percebeu que, ao rosnar mais alto, intimidava seu predador e seu
rival, conquistou assim; seu território, seu alimento, o respeito do bando, e,
dominou sua fêmea.
Essa
disputa instintiva caracterizou a repetição de gestos, e, assim, os sinais do
corpo foram as primeiras formas de entendimento. Entre “gemidos” de dor,
“grunhidos”, “chiados” e “rosnados”, negando, afirmando, aprovando ou
desaprovando uma situação, caracterizou-se o início da comunicação primitiva.
O dom
da palavra surgiu dessa repetição de formas de gestos, crescendo no decorrer de
milênios, passo a passo, numa sequência de novos gestos, símbolos de bando para
bando, que repassaram-se de grupo para grupo.
Hoje a palavra é uma grande
conquista, que traduz a expressão de uma civilização.
A palavra progrediu,
expandiu-se entre as tribos e os povos, ganhou características próprias,
transformando-se em frases e idiomas, que revolucionaram os costumes, em
estilos diferentes de vida, formas de expressões que podem ser de tristeza,
sofrimento ou até mesmo de alegria por uma batalha pessoal vencida.
Mas o
homem ainda mantém seus valores atávicos intrínsecos dos instintos. A palavra
tem sua força, e aos poucos vamos aprendendo como utilizá-la para o bem, de uma
forma correta e reconhecendo o poder que a envolve. Hoje, a palavra é o reflexo
de atos pensados dos cautos e/ou impensados pelos incautos. Com a palavra
podemos amargurar, magoar, ou alegrar e entusiasmar pessoas, só depende de nós.
Da mesma forma que nossos
ancestrais com seus primitivos instintos, “ao rosnar alto” o som ganhou força, dessa maneira a palavra pode transmitir energia positiva ou negativa, aprova ou desaprova uma
atitude, portanto, é o reflexo de um pensamento receptor ou emissor de energia.
Assim,
a palavra é a sonorização de uma ideia, na sua mais profunda expressão de um
pensamento, por nós emitido ou recebido de outro pólo emissor.
Dependendo de nós:
As palavras
são frutos de pensamentos alteados ou maléficos,
Podem trazer
saúde ou enfermidades,
Alteram as
cores do ambiente,
Constroem
amizades,
Alteram o
saber,
Podem
irradiar,
Nos elevam, e,
Vibram.
As
palavras provenientes dos pensamentos alteados atingem camadas vibratórias
superiores, e, através de intuições, recebem de volta essas vibrações como
esclarecimentos às nossas dúvidas. Assim, teremos condições de observar, com
antecedência, possíveis erros, direcionando nosso livre arbítrio para atitudes
de valor, que contemplem a evolução individual e coletiva.
A
palavra alteada pode ser uma irradiação, um elogio, um ensinamento, uma
melodia, um hino, um poema ou uma saudação amigável. Quando bem expressada,
traduzirá energia de colaboração e fraternidade, beneficiará diretamente seu
emissor, que refletirá em generosidade, entusiasmo, sentido de igualdade entre
as pessoas, portanto, sensível melhoria na evolução de todos os povos.
A
palavra sempre reflete, exatamente, o pensamento do emissor, em diferentes
vibratilidades de sons, que podem demonstrar paz, alegria, generosidade, ordem,
respeito ou entusiasmo. Para garantir essa energia, o emissor da palavra deve
sentir os pés no chão, e o seu mental estar ligado por “cordões fluídicos”,
como raios de luz, ao universo, numa “vibração de elementos fluídicos”
direcionados ao seu mundo de luz. Que dentro das leis de “causa
e efeito”, retornará, como “intuições”, na mesma intensidade da energia emitida
pela fonte de origem através da Inteligência Universal.
“As palavras que lhes dirijo
são de incitamento a este sentimento superior que é a amizade, que deve
envolver a todos, que deve ser cultivado por todos, porque ele ameniza a vida e
conforta o espírito. E quando precisar de um pensamento irradiativo superior,
aquele que souber fazer bons amigos o terá, assim como também usufruirá da
irradiação superior se souber alçar o seu pensamento às esferas superiores,
porque tudo fazemos pela humanidade sofredora e muito mais faremos por aqueles
que nos ajudam nesta faina espiritualizadora” Joaquim Pereira da Costa Livro
Para Quando os Reveses Chegarem
A força
da palavra
Por
Aida Luz e Wilson Candeias
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